Tantas janelas abertas, prédios altos, trens e carros em movimento. Tantos convites emanados da poesia contemplativa e de romances infinitos. Exemplos raros e convincentes de ídolos letrados... Belezas que chamam para um passeio ao longe, onde toca uma canção infinita... Jardins secretos e uma grandeza ímpar se estendem adiante dos meus passos, mas nenhuma lágrima marca meu caminho... Não há cuidados que impeçam a partida nem desejos mais sublimes que o poder de continuar ou desistir da estrada quando os pés já estão cansados de caminhar... de resistir... de implorar presença... de arder em chamas... de vencer diariamente a labuta já fadada ao fim. Quando eu decidir partir não haverá marcas nem riso nem choro. Não haverá sons nem cores. Se um dia eu decidir partir, vai ser de uma forma mais silenciosa...
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