Meu amigo...

Meu amigo tem dois companheiros – que estão sempre ao seu dispor sem a necessidade do pedido. Meu amigo diz que é só – mas esquece de olhar ao redor e ver quantos os ama. Meu amigo escreve para si, chora através de frases e canções – e ri indiferente das suas inconstâncias emocionais. Meu amigo não consegue enxergar a riqueza que tem em si – muito menos a que pode adquirir. Ele precisa aprender algumas lições com as estrelas e caminhar até o horizonte sem medo de se perder. Meu amigo lê palavras, no entanto, esquece facilmente seus significados. Meu amigo roga por amor, anseia que o amor o reconheça ao chegar – porém, esquece que é preciso se lançar a um precipício (talvez), para estar perto dele. Meu amigo é gigante em poesia, em conquistas, em liberdade... Meu amigo é perfeito – pena que nem sempre sabe ser companhia. Meu amigo às vezes não entende que um convite pode significar a construção de essências e a estruturação de um sentido importante para a vida. Meu amigo esquece que não é o único a depender da brisa, do sol, da luz da lua e de algum sentido para vida... Meu amigo ouve música, usa mecanismos globalizados, escreve, sente... e ignora que tem um banquete à sua espera, pronto para ser degustado...