Sou um astro desvalido e solitário
Todos os astros daquela miríade partiram
e encontraram as estrelas de seus céus
Eu, pobre astro, fiquei só
Todos se juntam em uma linda constelação fulgurante
E eu, pobre astro, reduzindo minha luz na imensidão do espaço
Me sinto só nesta galáxia de imperfeitas formas
Aos outros sobram luzes, espelhos e sons
Em mim, apenas o burburinho dos meus desejos exaltados
Há flechas e cometas passando por mim, seguindo destinos ignorados
O que me resta? A companhia do meu eu
Pego carona num cometa apressado,
Mergulho na minha atmosfera sórdida
Desapareço entre nuvens
E vivo eternamente na frieza dos satélites solitários e escuros
2 comentários:
Miráde Imperfeita deixa um gosto de quero mais e mais, poemas desse poeta.parabens
Postar um comentário