Os tantos caminhos nunca surgiram tão perturbadores e confusos quanto nesses últimos tempos. É como se a maledicência dos instantes quisesse exigir alguma compensação por tantas oportunidades súbitas e cheias do misterioso quê da aceitação. Elas surgem, porém, querem confirmação instantânea e eu, na incerteza do melhor passo, construo uma confusão e faço-a ainda maior do que é. Edifico minha dúvida e ignoro a alteridade presente, pois penso ser o outro incapaz de definir uma idéia sobre mim dentro desse contexto de dúvidas, incertezas e alguns medos. Mas o tempo é propicio às novas oportunidades e cada caminho, por mais indiferente que pareça – é uma nova possibilidade. Como combater as exigências do tempo e se disponibilizar ao acaso – nutrindo a segurança do futuro? Como trocar o vazio da mão por aquilo que o vento diz ser possível tocar? Como andar nas encruzilhadas sem temer a probabilidade da perdição? É por isso que neste exato instante, visto a armadura do acaso e me fortaleço com a idéia da fatalidade dos dias melhores – os quais sem dúvida virão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário