“Viver é muito perigoso”, disse o escritor! Mas a realidade se constrói de inúmeros fragmentos de perigos que satisfazem os sentidos da existência real. Já que “passamos a vida tentando retardar a morte”, como dizia o filósofo, vamos vivendo assim – entre delícias e precipícios. Ora morrendo – de susto e de medo - ora contemplado as belezas extremas que nossa visão permite. E a vida vai assim, por entre caminhos diversos que trilhamos. No consultório 3 – um susto. No consultório 7 – um alívio confortante pela possibilidade da vida. Em cada página aberta – um pedaço suspirando – ansioso por mais um tempo... E a vida, ávida por continuar, se mantém (in) alterada nos instintos da sobrevivência. Se uma lágrima pensa em cair – é retida. Só a vida no corpo é capaz de proporcionar as mais belas experiências! E nesses vai-e-vem dos intermitentes perigos, temos os prazeres que faz a vida ter graça. Morrendo e vivendo – vivo. Minha vida se concretiza assim: meu corpo e meu espírito constituem minha alma.
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