“Somos todos bichos, humanamente sofrentes”, solitários e pedintes. Estamos sozinhos no desespero do mundo, caminhando sem saber aonde estamos indos... Necessitados de tudo e pedintes em essência. Não sabemos o sentido, a hora, quem somos – nada sabemos do futuro. Só sabemos que existe um tempo para cada um. Pedimos palavras, gestos, amigos – pedimos o movimento da vida que permite a existência. Pois mesmo quando não há força é preciso levantar. Ainda que ignoremos o choro, devemos gritar pela dor que aflige e, ainda que o desespero bata à porta, temos que nos abrir a um novo amanhã (será que ele vem?) – e ouvir o som que vem lá de fora. São tantos os caminhos desconhecidos por quais temos que andar e rir quando desejamos chorar – e levantar quando deixar de existir parece ser a melhor solução. Força para enfrentar as inquietações da vida – e reconhecer que até os heróis têm seus momentos de solidão para serem capazes de compreender a missão. Heróis e vilões lutam juntos – mas no movimento da vida – nada é certo. Tudo é uma estranha possibilidade. Feliz é quem tem a música e poesia como companheira – e é capaz de tecer palavras e contar estrelas nos caminhos que se perdem nos horizontes desconhecidos...
2 comentários:
De fato as vezes "música e poesia" sustentam, amenizam, dão cor ou sentido a tudo o resto.
Com elas, o desamparo talvez fica um pouco menor...
=]
nestes dias Bruna Caran trás alegrias
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