Hoje levantei com tudo e nada conseguiu me parar
Devorei Clarices, Cecílias, Pessoas, Abreus e Martins
Me vesti de Pagus, meretrizes e messalinas
Andei como a Dama do Lotação, Chica da Silva, Jezebel, Madame Bovary e todas as outras de sangue quente
Sorvi o ar com a mais bruta intensidade
E me alimentei com o mais simples pão
Mergulhei nos mares mais profundos e encontrei os bocochês de Vinicius
Um aperto de mão despertou minha fúria
Nem a solidão conseguiu me parar
Hoje sou um poeta que espera o tempo passar e anseia que a noite não seja longa
Guardando em mim todas as energias
Até que venham se dissipar
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