Quando olho as pessoas mais velhas que eu, observo nelas uma espécie de energia que não é muito comum em pessoas da minha idade. Tudo bem que ainda sou jovem, tenho vinte e tantos anos. Mas é que as pessoas mais velhas têm um brilho diferente no olhar, algo que ainda não consigo decifrar nem descrever. A energia que emana delas, exerce em mim algum poder, umas vez que entre elas sinto um alento confortador de segurança e paz. Elas andam, comem, dormem, riem, falam, veem e gritam num dialeto recheado de sentimentos amadurecidos, que me tiram do desespero que a juventude provoca. Olho nos seus olhos e tento me encontrar neles, na tentativa de tecer minhas próprias compreensões de mundo. Ás vezes dá certo, às vezes, não. Enquanto ainda sou jovem, anseio um dia ter a tranquilidade daqueles que olham o horizonte sem dele nada esperar.
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