Ando pelas ruas prestando atenção em muitas coisas, principalmente, nas pessoas. Gosto de observar seus passos, emoções, as reações diante dos mais diferentes acontecimentos. Fico registrando suas desconfianças, medos, anseios... Enfim, qualquer atitude que as caracterizem com a humanidade que lhes é ímpar. Confesso que sorrio, sorrio mesmo quando, por algum motivo, são incapazes de retribuir um olhar. Parece que há asco e medo de olhar nos olhos alheios, como se isso fosse revelar todas as intimidades que as constituem. Sorrio porque não compreendo bem a natureza dessas pessoas que, como eu, às vezes são incapazes de viver a efemeridade de um instante que talvez nem se repita. Afinal, um mundo acaba cada vez que morro um pouco.
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