Entre um apagar e outro de luz, vivo as mais sublimes experiências do corpo. Um prazer sai pela boca; outro desliza pelos ouvidos e alcança o pescoço, como se fosse guiado pelas orientações de um ritual que nem começam nem terminam em si. As mãos são as maiores propulsoras dos sentidos, visto que é do tato que saltam desenfreadas emoções. Da boca, os salivares se desenham em figuras apetitosas, ora reais ora imaginárias. E tudo são sensações. As juntas se dobram, formando áreas responsáveis pelos encaixes que tanto os músculos quanto os ossos exigem ao encontrarem-se diante de seres da mesma constituição. A sinestesia se concretiza quando os olhos sentem as luminescências que emanam das cores que posso perceber. É aí que tato, olfato, gustação, audição e visão se transformam nos objetos mais importantes que extraímos do mundo ao contemplar nossa própria existência – diante da perfeição que é a vida.
Um comentário:
U-A-U..... o amor tem essas cores né? Essa capacidade, Ai, nunca fui de ter inveja mais...
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