Quando olho o relógio, contemplo minha própria hora. Aí, as emoções disparam em busca de sua concretização, pois nada acontece na visualização do instante. Tudo se repete indiscriminadamente, dia após dia, num jogo letárgico e insípido em sua constituição. As cores nada sustentam, nem mesmo as limitações que insistem em se instalar entre o abrir e o fechar de portas e gavetas – que também se repetem – como se fosse uma busca que nunca finda. A música é o consolo. A poesia é o alimento. A inquietação é o produto a ser descartado a fim de estabelecer o ponto de equilíbrio ansiado pelo Sol que brilha em sua majestosa atitude. As luzes do Natal não diminuem a fome nem extinguem o caos que há em mim.
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