Num impulso, deixei de lado Rô Rô, Caetano, Chico e Ney – e fui construindo uma melopeia nostálgica, de sons que me seguiram por muito tempo, mas aos poucos foram perdendo a melodia que sempre busquei nas canções. Pois é. Hoje, uma melopeia nostálgica esbarrou em mim e eu, a despeito de todo meu acervo fônico, cedi a ela. Estou aqui – envolto em saudades musicais. Um mundo antigo vem a mim em poesia sem rimas, numa só batida, brotando além das Palavras e Batatas suscitadas por um amigo. O poder das melopeias me faz reviver momentos mil e me lanço, assim, dentro de uma nova vivência – pois é ardente o desejo de reviver aquilo. É uma voz – ela me chama. Fernanda Porto me chama. A lembrança de um amor errado vem à tona, fazendo o gira mundo com palavras e um milhão de fonemas se formam para compor saudades. A nostalgia forma um nó na garganta, remexe os sentidos. Aqui quem fala é a música – e as minhas baladas vão ficando triste: pois sei que o tempo não volta mais.
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