Sou a criatura malograda,
Talvez ainda impura e ímpia
Cuja existência exige um pouco de compreensão
Sem dúvidas, sou um pedaço daquilo que te falta e em que te deleitas
O pecado contido na maçã envenenada,
Tua boca muda, calada
Sou o pensamento que se concretiza em tua presença
E no mesmo momento sou o espaço,
O tempo fragmentado e a farsa que cria e recria o meu objeto mutante
Sou aquilo que entre mim e ti recusa a mágica
Sou aquele que para existir
Não necessita da palavra
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