Sou desertor dos meus sentidos
Das contemplações que a minha emoção faz
E maquina a fuga das insignificâncias que a própria razão residente em mim constituiu
Um amante pária, ultrajado sem considerações a dar
O admirador dos quadros tristes
O inventor dos pierrôs bicolores
O construtor daquela iminente derrota
Que caminha sem o amor – e encontra refúgio na solidão projetada dos dias alegres
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