Não gosto do dito
Do popular
Da língua vã e infame
Que grita, nega
E foge de cena
Não gosto da voz dos grandes
Do som alto
Do grito do todos
Não gosto da voz comum
Saída da garganta inflamada
Que ecoa nos meus ouvidos
Nem da face do outro
Onde me encontro
Não gosto daqueles que
São a metalingüística em si mesmos
Não gosto de ser
Nem quero ser
Igual
Aos caprichosos
Modelos do sistema
Quero o distante
O diferente
O infinito
A eternidade
Quero tudo o que não sei
Reter em minhas mãos
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