É a gratidão e a necessidade que movem meu corpo e mantém meus passos no árduo caminho que já não desejo mais seguir. Mas há uma força que me atira nele e faz com que eu permaneça, mesmo caminhando taciturno diante das ocasiões. É a necessidade que põe calor e atiça o fogo para a vivência dessa experiência. Onde esqueci meus sapatos – ou os deixei de propósito? Eles foram jogados e recolhidos para mais uns dias frios. Eles cansam meus pés, mas ajudam a caminhar pelas estradas pedregosas da profissão. São eles os heróis da rotina que se estabelece entre gastos e esforços repetitivos de vozes – ora estridentes ora mudas de cansaço. É a gratidão que tece os sentidos da permanência e diz: - força, rapaz! E eu sigo – cansado e triste pelos caminhos que anseio não mais seguir.
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