Carrego sobre mim todos os estigmas do meu tempo, mas não permito que me escarneçam. Pois também levo comigo sangue – o qual me coloca na condição de humano e vivo, e, junto a ele, uma veia pulsa. É isso que me deixa no mesmo patamar da miserabilidade e, embora as diferenças produzam algum incômodo, tenho todas as garantias do Direito para ser. Não busco a normalidade contida na raça nem a igualdade em tudo, mas exijo a liberdade presente no meu riso e no choro que aprecia minha existência. Sou um pouco do Pessoa que tem fome da extensão e quer ser ele mesmo sem condições. Sem necessidade de pedir ou implorar um olhar digno de sua presença. A vida é única – para tanto, merece um respeito mútuo e comum entre todos os seres de todas as espécies.
Um comentário:
Por minha presença não precisa pedir ou implorar. Basta querer.
Postar um comentário