É realmente necessário mudar ou o que já está feito deve permanecer intacto, inalterado? Quando reformar a vida ou mudar os hábitos? É importante se moldar a fim de alcançar a admiração – inútil – alheia, ou continuar sendo em toda sua intensidade e completude sem preocupação externa? Que tal a roupa extravagante, a fala sinuosa, o olhar melodramático ou a expressão indiferente causada pela falta de identificação com o mundo? Como ser partes e nunca ser tudo – se o importante é a completude? Difícil é encontrar as outras partes e realizar o encaixe da personalidade que foi transformada ou adquirida com os anos de experiência vivida. Sou tantos em mim que não sei onde está a raiz que prende e liga à minha constituição. Sou tantos e nenhum. Me deram um corpo, sangue, alma e me fizeram alienado do eu que ainda não consigo compreender. Talvez haja um tempo para explicações, embora compreenda, às vezes, que ser agora precisa se constituir na maior preocupação que alguém possa construir. É bem possível que nem haja tempo para ser o outro ou as outras tantas partes que existem em mim, como uma flor despetalada - que jamais voltará ser.
Um comentário:
a única admiração que quero e preciso é a minha por mim. Tudo mais é dispensável Te amo
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