No momento em que abri a janela, o mundo fez charme! Naquele momento, percebi que não cabia naquele mundo tão limitado, debochado, risonho e dissimulado. Aquele mundinho era minúsculo em estrutura e cada vez mais se amiudava em sua pequenez. O mundo nem estendera a mão nem apontara uma estrela, mesmo que ela estivesse fora do meu alcance. Eu não coube nem jamais caberia nele, pois tenho o universo ao meu dispor, com um infinito a contemplar perante todos os meus instantes. Ele não faz chame – ele me corteja com melodia sem fim. Fechei a janela, dei de costas para o mundo e abri a porta que implorava por mim. Andei por ruas árcades e conclui que o bucolismo é minha essência, e o que mais desejo é uma casa simples com uma fruteira no quintal, onde eu possa deitar à sua sobra, tecer poemas e ouvir canções para vida, até envelhecer sem receios da morte que seguramente virá.
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