O que será de mim amanhã
Depois da entrega completa do meu corpo
E a exposição final dos meus sentidos?
O que vai acontecer depois que cair o pano
E a maquiagem desmanchar aos pingos
Desandando toda minha fantasia?
O que será de mim quando reunir todos os sentidos
E já não restar a essência da antiga criatura em mim
E meu sorriso já não for mais capaz de suster o simples instante?
O que será de mim amanhã
Quando meu riso se encontrar em prantos
E eu não me reconhecer mais diante do espelho?
O que será de mim amanhã
Quando minha lágrima cessar e os risos
Contemplarem indiferente o instante?
O que será de mim ao encontrar-me com o amanhã
E nele descobrir a esperada realidade
Que só no dia de amanha eu for capaz de compor?
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