Dia desses,
um colega antigo me olhou e, abruptamente, perguntou se eu era feliz.
Fiquei um tanto intrigado com o que poderia tê-lo levado a me
questionar sobre felicidade, mas respondi: sou. Depois, ruminando
alguns questionamentos, comecei a propor minhas próprias razões. Se
ser feliz é ter família, emprego, estudo, amigos, o que comer, onde
morar – então sou feliz. Mas será que felicidade é somente
isso? Ou será que felicidade é isso tudo? Lembro que uma vez
escrevi sobre o assunto para um blog. No texto eu citava Epicuro, o
Marquês de Sade e outros. Ambos tinham uma visão diferente
sobre esse sentimento que todos desejam. O interessante é que a
mesma palavra recebe diferentes significados, depende apenas daquele
que a define. Phillipe
van den Bosch,
por exemplo, acredita que a felicidade é um estado de satisfação,
de contentamento, de alegria. Ser feliz requer a satisfação de
todos os desejos. Pessoalmente, felicidade é um conceito relativo,
complexo, utópico, subjetivo, e que nem sempre tem uma explicação
aceitável. Às vezes noto que as
pessoas confundem este sentimento com a alegria. A sucessão de
eventos alegres é o que produz a felicidade ou a sensação desta.
Meditando mais uma vez sobre a pergunta de meu colega, vejo que
encontrei uma resposta: ele esperava que eu estivesse sempre
sorrindo, alegre – mas eu não sou assim. Sou quieto, taciturno –
mas essencialmente feliz. Se estou calado, ausente fisicamente,
olhando o horizonte ou disperso numa leitura sem sorrisos, creia –
estou feliz. Cada um constrói a sua – e esse é o meu modo de ser.
Um comentário:
Concordo com você menino bonito, não preciso estar sempre rindo pra estar feliz acredito que mereço todas as minhas alegrias, e me permito sentir
as tristezas,elas fazem parte de mim junto com minhas alegrias.Tenho vocação pra ser feliz mas acredito que rir de tudo, é desespero.
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