Já dizia Arthur Schopenhauer que passamos nossa vida retardando nossa morte. E não é preciso pensar muito para percebermos que ele tem razão. Todos os nossos feitos objetivam a manutenção da nossa vida. Por que comemos, dormimos e nos exercitamos? Para termos boa saúde, claro. Fazendo isso estamos melhorando nossa qualidade de vida.
O que há de tão valoroso nisso tudo? O que nos leva a querer estar vivos o maior tempo possível? Por que a defendemos e julgamos e punimos aqueles que vão contra ela? Simplesmente porque a vida tem um valor, e mesmo que desconheçamos completamente o seu sentido, queremos permanecer com vida e assim lutamos por ela.
O valor da vida é avaliado dentro de várias perspectivas, inclusive econômica. Desse modo, a sociedade em geral vai atribuindo valores que passam pela economia, cultura, religião e política. Mas não é só a vida humana que passa por essa valoração. Tanto os seres humanos quanto os animais e vegetais recebem seu valor intrínseco, isto é, um valor que é estabelecido sob vários pontos de vista, seja cultural ou religioso. É baseado nesse valor que a vida humana e animal são preservados.
Do ponto de vida cristão, acredita-se que os seres humanos foram criados à imagem de Deus. Disso surgiu o valor intrínseco humano. Mas a vida animal também é representada na Bíblia, pois Deus também criou vegetais e animais e disse que eram bons. Então, a vida animal recebeu seu valor intrínseco por sanção divina.
Alguns indígenas americanos, em sua visão de mundo cultural, concebem os animais, plantas e outros aspectos da natureza como parentes nascidos de uma Mãe Terra universal e de um Pai Céu. Assim, tudo isso tem o mesmo valor que os parentes e humanos, portanto, não deveriam ser vendidos, conferindo-lhes valoração econômica nem comprometer o valor intrínseco da Terra.
Budistas, hinduístas e taoístas também reconhecem o valor da vida e conseguem atribuir aos humanos, animais e vegetais valores iguais, devendo todos eles ser cuidados, preservados e respeitados
Assim, não importa muito onde estamos, quem somos nem o que somos. O que importa mesmo é que a vida é respeitada e preservada, e deve ser assim, pois tem um toque divino nela e estar vivo é tudo o que queremos para podermos desfrutar das alegrias que este estado nos proporciona.
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