Numa casa grande, tudo se expressa com a grandeza que lhe é imposta. Os móveis, gigantes por sua constituição, revelam as dimensões construídas pela necessidade do conforto amplo e sublime. Paredes brancas e um corredor imenso, alargando ao fundo a eternidade dos objetos que se perdiam à sombra de si mesmos. Luzes acesas, sons e a vastidão de espaços para andar. Na imensa casa, pensei sobre a importância da companhia para dividir o teto e o chão. Desejei uma família para partilhar comida, luzes, cores, risos e sons. Ao observar mais profundamente o lar, tive medo da solidão, de morrer sozinho – e me assustei ao constatar que as chaves sob o meu poder, não podiam abrir as portas.
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