A manhã da segunda-feira começa com o
“trimmmmm” do despertador anunciando que o fim de semana chegou
ao fim e que, agora, é a hora de recomeçar a rotina. Não adianta
jogar o importuno relógio na parede nem se cobrir novamente com os
lençóis. As horas matinais não perdoam. Elas voam mais rápido que
cometas. Entre passos trôpegos, é preciso levantar, separar as
roupas e se jogar no banho para despertar. Vestem-se as roupas,
separa-se a mochila. Acende-se o fogão, prepara-se chá, leite ou
café e bebe-se às pressas. O pão assado come-se andando, para não
perder-se o ônibus. O caminho é longo, o trânsito é ruim, o calor
incomoda. “Vai ser um dia difícil”, pensa-se. Chega-se ao
trabalho, abrem-se as portas, dá-se um “bom dia” sonolento e
senta-se em frente ao computador. Checa-se o e-mail. Toma-se café
quente para despertar-se. Recebem-se as ordens do chefe e iniciam-se
os trabalhos. Ouve-se música, conversa-se com os colegas que se
sentam do outro lado. Ri-se pouco, boceja-se muito. Produz-se menos.
Chega a hora do almoço. Come-se, cochila-se, implora-se que as horas
passem voando, como na noite anterior. O tempo nega-se, demora-se.
Roem-se as unhas, pragueja-se um pouco. A comida pesa no estômago.
Os olhos cerram-se. Dorme-se um pouco. Acorda-se. Trabalha-se
novamente. As horas massacram, estacionam-se, param-se. Espera-se o
final do expediente, mas as horas não passam. Suspira-se. Olha-se a
hora. Falta pouco. Alivia-se. Faz-se a contagem regressiva. Já.
Despede-se. Fecham-se as portas. Parte-se. Espera-se ansiosamente um
novo final de semana, que voa como um cometa ensandecido. Dorme-se. E
tudo se repete ao amanhecer.
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