Quando é imperativo o sentimento, decide-se
reinventar-se. Hoje sou um artista com minhas várias faces
representando nesse palco diário, onde minhas migrações revelam
muito de mim. Sou, neste momento, um pierrô desandando em lágrimas
por ser incapaz de escolher cores mais alegres. Sou um ator do tempo,
cuja imaginação desviou-se pela falta do medo. Sou um artista em
meu processo de aprendizagens e apreensões de saberes tão
necessários quanto inúteis. Estou lúcido diante do espelho, e
minha face mostra uma indiferença tão grande que não me reconheço.
Estou lúcido para a vida. Sou um artista que não cansa de fazer
poesia, pois nela está a energia que mantém meus passos no caminho.
Sou poeta por natureza, artista por profissão, e caminhante da vida.
Faço poemas porque sou incapaz de fazer risos. Faço-me artista por
não saber ser, entre meus caminhos e gritos, apenas uma pessoa
reinventando-se entre necessidades e obrigações sem fim.
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